Quando adolescente o meu maior erro foi
acreditar em “amor a primeira vista”. Não estou dizendo que isso não possa acontecer,
nada disso! Mas esta
teoria geralmente funciona mais em filmes de romance do que na vida real. Houve
um garoto em que achei estar amando. Só achei! Mas na realidade tudo não passava do fruto da
minha imaginação. Algo que idealizei, algo que eu queria que fosse real, e
então ele se tornou real, mas somente para mim.
Bastou um olhar para ele na entrada do colégio
e pronto... Já estava apaixonada. Nem seu nome sabia, nem idade, nem seus
amigos conhecia, mas tudo estava perfeito. Era ele!
Na primeira conversa que tivemos, notei que não
tínhamos nada em comum. Gostávamos de coisas diferente, ele era bem mais velho
que eu e “She’s like the wind” não passava de uma música velha e sem graça para
ele. Mas nada daquilo me importava. Era ele!
Os dias passaram rápido e a falta de sintonia e
diferenças estavam crescendo a cada dia. – Ele vai mudar, eu sei que ele vai
mudar. – eu dizia sempre que algo me chateava. Mas cá entre nós, ele não era o
cara, e nada daquilo iria mudar. Ele estava sendo simplesmente ele, e, eu, sendo
quem ele quisesse que eu fosse. Menos quem eu queria ser.
Eu queria fazer faculdade depois que terminássemos
o colégio. Ele dizia que era bobagem. O jeito era conhecer o mundo sem gastar
nenhum tostão. “Eu e você viajaremos o mundo inteiro de carona pela estrada”.
Ele sempre dizia sorridente, tão certo de si.
Meu sonho era fazer uma pintura que todos a admirasse. Ele dizia que os
meus desenhos eram péssimos. Eu tentei cantar no coral do colégio, mas ele
disse que ir a pista de skate era mais divertido do que o teste para entrar
para o coral do colégio.
A verdade estava bem na frente dos meus olhos,
mas eu não enxergava. Não era ele. E por mais que eu tentasse, não seria ele.
Aprendi a esperar o momento certo e jamais acreditar em amor a primeira vista,
até porque as aparências realmente enganam, apesar de querermos acreditar que
não. Os nossos olhos às vezes nos iludem, (preciso aprender isso) olhar mais
com a razão e o coração. É a minha lição de casa nesse ano. Enquanto eu não
aprender, continuarei estudando.
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